1 de maio
Mulheres que são feministas dedicadas
e, ainda assim, 'viciadas em homens' podem descobrir as origens da convicção e
da doença nas mesmas experiências infantis: exposição e submissão a um pai colérico,
agressivo e dominador; e uma mãe melindrada, dócil e martirizada.
2 de maio
Nenhum tipo de
dependência -seja para com outra pessoa, um substância ou comportamento- é
imoral, mas simplesmente amoral, assim como qualquer outra doença.
3 de maio
Relacionamentos
compulsivos perdem seu mistério quando vistos como necessidade propulsora,
embora inconsciente, de controlar no presente o que foi incontrolável no
passado. Quanto mais opressiva foi a experiência, na infância, maior será a
necessidade -e compulsão- inconsciente de recriar os mesmos climas ou situações
emocionalmente carregadas na fase adulta e tentar controlá-los.
Uma abordagem
muito mais saudável e sensata é estar disposta a enfrentar qualquer coisa do
passado que precise ser tratada e curada. Quando estamos dispostas a isso, as
lembranças começam a desdobrar tão rapidamente quanto nossa capacidade de lidar
com elas.
Confie nisso.
Quando nossa
história enterrada passa a fazer parte de nosso conhecimento consciente, nossas
ações relacionadas a elas tornam-se também mais conscientes. Onde havia
compulsão agora há uma escolha. Pode não ser uma escolha fácil, pois abandonar
antigos padrões de comportamento é embaraçoso. Mas, quando a escolha é
possível, repetir deliberadamente um comportamento doentio torna-se ainda mais
embaraçoso do que abandona-lo.
4 de maio
Não importa que
tipo de pais, de infância e de traumas conhecemos, podemos transformar nossa
herança pessoal de doença em recuperação se escolhermos perdoar e nos curarmos.
5 de maio
Muitas mulheres
que amam demais suspeitam ter sido vítimas de incesto. Se você suspeitar disso,
é muito provável que seja verdade.
6 de maio
A compulsão para
comer é comum para mulheres que sofreram abuso sexual.
7 de maio
É uma benção
quando a vida não nos permite continuar agir como antes, quando somos obrigadas
a mudar nosso comportamento. Mas é claro que no momento em que isso acontece
não parece ser uma benção.
8 de maio
Há uma natural
tendência humana a negar os fatos. Freqüentemente precisamos de vários graus de
catástrofe para romper com isso.
9 de maio
Podemos Ter uma
dependência que esconde outra, como por exemplo quando uma dependência de
exercícios físicos ajuda a disfarçar os efeitos de uma compulsão para comer.
10 de maio
A dependência de
relacionamento, como o uso de drogas ou alcoolismo, é uma doença progressiva.
Isto é, o período entre se lançar num relacionamento dependente e começar a
achar a vida totalmente incontrolável avança dramaticamente à medida que os
anos passam.
11 de maio
Concordar em
restabelecer contato com o homem que foi nossa ‘droga’ , pode causar o mesmo
efeito que um drinque causa no alcoólatra que se tornou abstêmio. Anos de
recuperação podem ser apagados e a obsessão pode recomeçar mais forte do que
nunca.
12 de maio
Alguns homens são
como brócolis: pouco apetitosos, porém saudáveis e bons para nós; outros são
como bolo de chocolate: incrivelmente tentadores, mas para as dependentes,
absolutamente perigosos. Se nós somos dependentes de relacionamento, precisamos
aprender a nos relacionar saudavelmente e evitar aquelas pessoas que são como
drogas que nos impelem precipitadamente para as doenças.
13 de maio
Nossas tentativas
de sermos importantes para um homem, de nos tornarmos tão necessárias para seu
bem estar como ele é para o nosso, podem nos transformar em mulheres grudentas,
sufocantes, manipuladoras e até mesmo submissas.
Quando amamos
demais, somos geralmente desprezadas apesar de nossos esforços: nossos
parceiros nos desprezam e nós mesmas nos desprezamos.
14 de maio
Deixar de ser
dependente exige mais do que um simplesmente dizer a si mesma que é preciso
mudar.
15
de maio
Nada funciona
melhor que uma prece desde que estejamos rogando pela vontade de Deus e não
pela nossa.
16 de maio
Você
inicia um relacionamento assumindo o papel da mãe que dá, aceita e apóia tudo
em relação ao filho travesso e carente?
Nós
que amamos demais oferecemos um acordo tácito aos homens que nos parecem
carentes: primeiro eu cuidarei de você, depois você cuidará de mim
17 de maio
Quando nos
voltamos para uma droga, um comportamento ou uma pessoa a fim de cuidar de um
sentimento incômodo, corremos o risco de desenvolver uma dependência doentia.
Se um homem
representa um alívio para a ansiedade e o abandono, podemos tornar-nos
desesperadamente dependentes dele. Ele é nossa "dose".
Essa ‘dose’ sempre
nos custa alguma coisa em troca do alívio temporário que traz. Na dependência
de relacionamento, o custo geralmente é, no mínimo, uma ressaca emocional.
18 de maio
O bom senso nos
relacionamentos, embora bem real, é também muito sutil e não pode ser medido,
exceto pelos eventuais graus de serenidade que alcançamos em nossa vida.
19 de maio
Se alguém a choca
ou machuca uma vez, provavelmente o fará de novo, mas você terá menos razão
para ficar chocada ou ferida porque agora já sabe que ele é capaz desse tipo de
comportamento.
Por tratar-se de
um adulto, supomos que ele agiu de tal maneira, não porque não sabia como agir,
mas porque esse comportamento é parte de sua personalidade. Um homem pode
controlar-se ou deixar que você o controle por algum tempo, mas é apenas
temporário. Mais cedo ou mais tarde voltará a ser o que realmente é. Se você
não lhe permitir, se tentar controlar o comportamento ou a dependência de seu parceiro,
todos os seus esforços não criarão nele nenhum sentimento de gratidão. O que
ele sentirá em relação a você, ao contrário, será ressentimento por meter-se
entre ele e aquilo que ele deseja ou precisa fazer. E então o comportamento
dele não será mais o problema. Você será o problema.
20 de maio
É a falta de
respeito com o direito do outro de ser ele mesmo que nos permite tentar
ajudá-lo a controlar sua vida, mesmo quando ele parece nos convidar a agir
assim.
Quando você é
convidada por um homem a ajudá-lo a controlar qualquer aspecto de sua vida, ele
está lhe preparando uma armadilha. O problema dele acaba de se tornar seu.
21 de maio
Quando o pai ou a
mãe fazem do filho um companheiro e confidente, ocorre uma violação dos limites
da criança. Qualquer criança elevada por um adulto à sua condição foi convocada
a servir às necessidades dele. De modo a não causar mais prejuízos e obter o
consolo, a orientação e o apoio de que precisamos, devemos voltar-nos para
parceiros adultos que também estejam procurando se recuperar de um
relacionamento dependente e partilhem conosco sua experiência, força e
esperança.
22 de maio
Quando as pessoas
estão realmente tentando mudar, elas não falam muito sobre isso. Estão muito
ocupadas fazendo isso.
23 de maio
Para a maioria de
nós que somos dependentes de relacionamento, é muito mais fácil dizer “Essa
pessoa é o meu problema” do que admitir o medo e a incapacidade de criar um
relacionamento realmente íntimo e constante com outro.
24 de maio
Toda cura, seja de
uma perna quebrada, uma mente em frangalhos ou um coração partido, realiza-se
por meio da influência de um princípio espiritual.
O princípio da
orientação espiritual existe em cada um de nós; entrar em contato com tal
princípio é o início da busca para superar a dependência, inclusive a do amor
excessivo.
Encontrar esse
princípio espiritual no nosso interior e entregar-nos a sua orientação é uma
tarefa duríssima, mas se amamos demais, não nos entregar é muito mais
difícil.
25 de maio
O sofrimento
emocional existe porque não reconhecemos honestamente alguma coisa sobre nós e
nossa condição -alguma coisa que, em algum nível, já sabemos.
26 de maio
A verdadeira
mudança requer uma renúncia equivalente a uma crucificação.
27 de maio
Como dependente de
relacionamento, fazemos tão mal a nossos filhos quanto um alcoólatra faria
porque:
·
nossas oscilações de
humor são igualmente infundadas, dramáticas e imprevisíveis;
·
nossas atitudes são
igualmente impulsivas e irracionais quando precisamos de uma 'dose';
·
nossos sentimentos e
pensamentos estão quase sempre concentrados em outra coisa;
·
somos igualmente
perigosas atrás do volante quando estamos sob influência de nossas emoções descontroladas;
·
tornamo-nos cada vez mais
descontroladas, colocando a culpa por nossos problemas em qualquer coisa exceto
em nossa dependência.
28 de maio
A dor emocional é
para psique o que a dor física é para o corpo; um sinal de que algo está doente
ou danificado.
29 de maio
Afinal de contas,
viver é despertar e crescer. Tornamos tais processos mais dolorosos por não os
acolher.
30 de maio
É pela busca da recuperação que nossos segredos horríveis são
transformados em nossas dádivas mais queridas.
31 de maio
Na recuperação, você não perderá nada que não seja para seu
próprio e precioso bem.
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